Globo segura a vela do mensalão e da Veja

Por Opensanti.com

O amigo navegante se lembra do post “Cachoeira filmou corrupção dos Correios para vingar Demóstenes”.
Ali, o ex-prefeito de Anápolis Ernani de Paula desmonta o “mensalão” (que ainda está por provar-se, segundo o Mino Carta) e atribui a uma trapaça de Cachoeira com Demóstenes o vídeo que deu origem ao Golpe do Mensalão para derrubar o Presidente Lula.
(Terá o Padim Pade Cerra, com seu notório estilo do “Jogo Limpo”, contribuido para isso, pergunta o autor Renato Santos.)
Na mesma entrevista, Ernani de Paula mostrou que um determinado “repórter” da Veja (Clique aqui para ler“Nassif, deixe o Policarpo pra lá; quem manda é o Robert(o) Civita”) frequentava a empresa de genéricos (êpa ! êpa !) do Cachoeira em Anápolis.
Pois, nada disso interessa ao Globo, especialista em blindar a Veja e ainda pedir desculpas.
Saiu no Globo, na pág. A4, entrevista com Ernani de Paula, mas, sob um prisma muito específico: matar o Demóstenes e salvar os dedos: 
Senador teria recebido R$ 3 milhões de Cachoeira na campanha para governador em 2006 
BRASÍLIA – Ex-prefeito de Anápolis pelo DEM, Ernani De Paula afirmou na segunda-feira que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, engordou com R$ 3 milhões a campanha do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) ao governo de Goiás em 2006. Ernani e Demóstenes foram aliados políticos até o final da campanha de 2006. O ex-prefeito foi cassado em 2003 e hoje não pertence mais ao DEM. 
Sandra Melon, a ex-mulher de Ernani, foi primeira suplente de Demóstenes no Senado por oitoanos. Ernani se engajou na campanha de Demóstenes porque, se o senador fosse eleito governador, a ex-mulher assumiria uma vaga no Senado. 
— O Cachoeira me disse que deu em torno de R$ 3 milhões para a campanha do Demóstenes — contou Ernani. 
O ex-prefeito conta que foi ao escritório de Cachoeira na Vitapan, uma das empresas do contraventor, em Anápolis, para pedir dinheiro. Os recursos entrariam a título de publicidade num jornal e numa TV comunitária controlados por Ernani. 
— Foi na Vitapan, no final da tarde, eu não estava sozinho. Tinha outras pessoas. Ele (Cachoeira) fez o comentário, disse que já tinha colocado aí em torno de R$ 3 milhões na campanha dele (Demóstenes). Disse que não aguentava mais (dar dinheiro) porque a campanha já estava cara — afirmou Ernani. 
Ele disse que a conversa foi presenciada por duas pessoas. Uma seria o jornalista Henrique Morgatini, hoje assessor de imprensa da Prefeitura de Anápolis. Ernani disse, porém, que não viu a entrega do dinheiro. Os recursos, segundo ele, não foram declarados à Justiça Eleitoral. Procurado pelo GLOBO por meio da assessoria de imprensa, Demóstenes não retornou.

Coordenadora do PSDB tenta forçar Carta Capital a se retratar sobre participação do PSDB na demissão de jornalistas

Por Carta Capital A cúpula do PSDB, ao lidar com jornalistas que criticam seus integrantes e legenda, age com a leveza de um paquiderme. Deixa pegadas por onde passa na sua tentativa de forçar repórteres a se retratarem – no caso de CartaCapital esforço vão. Foi o que fez Adriana Vasconcelos, coordenadora de Comunicação Social da Executiva Nacional do PSDB, em conversa telefônica na sexta-feira 30 com Gabriel Bonis, jornalista de CartaCapital.
Vasconcelos ligou acelerada e a falar em tom alto para reclamar de artigo publicado pelo website do semanário intitulado “Resenha de A Privataria Tucanacausa demissão de jornalistas da Revista de Históriada Biblioteca Nacional”. Em poucos termos, Bonis aprofundou uma nota do jornalista Elio Gaspari, no qual o colunista conta como uma resenha de autoria de Celso de Castro Barbosa favorável ao livro de Amaury Jr. sobre as falcatruas do PSDB deixou “possessos” os líderes da legenda. Em seguida, Barbosa e o editor-chefe da publicação, Luciano Figueiredo, foram demitidos.
A lógica de Vasconcelos, repetida em carta para a direção de CartaCapital após a escaramuça telefônica com Bonis, é a seguinte: o “jovem repórter” (ela cisma em associar sua juventude à uma suposta falta de experiência ao longo do texto) teria sugerido que o deputado Sérgio Guerra, presidente do PSDB, “pediu a cabeça” dos jornalistas. E, “segundo as regras da ética do bom jornalismo” o “jovem” deveria ter ouvido a direção nacional do PSDB antes de publicar sua matéria.
Pequeno e crucial detalhe: em momento algum Bonis sugere que Guerra teria, como enfatizou Vasconcelos, “pedido a cabeça” dos jornalistas da Revista de História. O jornalista simplesmente relata o que constava na mídia, e inclusive no website do PSDB.
A cúpula do PSDB não acha esquisito dois jornalistas serem demitidos após a legenda ter colocado pressão na Revista de História?
O PSDB, vale exprimir, considera a Revista de História como uma publicação governamental. E pelo fato de receber verba da Petrobrás deveria se manter isenta de questões políticas. Vasconcelos, de fato, defendeu essa tese no entrevero com BonisNo entanto, a publicação é da Sabin, que, embora seja uma sociedade sem fins lucrativos, cobra taxas de associação anuais a variar de um salário mínimo a mais de 20 mil reais. A Sociedade é composta inclusive por bancos como o Bradesco e o Itaú. Além disso, a Revista de História é vendida em bancas e por assinatura, logo tem fins comerciais.
Por meio de uma nota, o presidente da Sabin, Jean-Louis Lacerda Soares, afirmou que “não interfere no conteúdo editorial da revista”. E emendou: “A atribuição relacionada ao conteúdo é do Conselho Editorial”. Em suma, Barbosa tem o direito de opinar sobre A Privataria Tucana naRevista de História. Deveria.
A Petrobrás anuncia, aliás, em várias publicações e mesmo assim todas elas têm a liberdade de criticar o PSDB. Isso, claro, acontece pouco, para não dizer nunca, visto que a vasta maioria desses periódicos têm tangíveis pendores tucanos.
Por exemplo, Luciano Figueiredo, o editor-chefe da Revista de História, portou-se de forma nebulosa. Em entrevista para CartaCapital, Barbosa contou que Figueiredo “concordou com quase tudo que eu havia escrito”.
No entanto, tudo leva a crer que houve pressão para levá-lo a mudar de ideia. Guerra enviou uma carta de protesto a Figueiredo, e outra à ministra da Cultura, Anna de Hollanda. Consta que Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central no governo de FHC, teria sido um dos mais ativos mobilizadores na campanha contra a resenha de A Privataria Tucana.
Resultado: Figueiredo escreveu nota, assinada pelo presidente da Sabin, na qual diz que o texto do jornalista não havia sido revisado pelos editores da publicação e se desculpa com os possíveis ofendidos. Em seguida foi dispensado pela Sabin por “razões administrativas”. Será?
Por sua vez, o PSDB reagiu na sexta através da seguinte nota: “A própria Revista de História da Biblioteca Nacional constatou um erro ao publicar o artigo”.
Mas que erro cometeu Barbosa?
Vasconcelos teve a bondade de nos presentear com uma nota redigida, em 28 de março, por Sérgio Guerra. O deputado nega interferência nas demissões. E escreve: “O PSDB tem todo o direito de protestar contra a resenha do livro “A Privataria Tucana” pela “Revista História”, da Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional. Terá também todo o direito de ir à Justiça”.
E Barbosa não tem direito de protestar contra os protestos tucanos?
Pressão por parte da legenda houve. Na conversa telefônica com Bonis, de fato, Vasconcelos não negou que o PSDB fez pressão, embora não tenha pedido cabeças. Houve as cartas para Figueiredo e para a ministra Anna de Hollanda.
E houve o telefonema para Bonis.
Vasconcelos diz na carta (mais uma) endereçada para CartaCapital que o jornalista da revista ficou “irritado”. Foi Bonis, aliás, quem a incentivou a enviar a carta. Este que escreve estava ao lado de Bonis durante a contenda telefônica. Ele é um jornalista calmo, prolífico e um dos mais talentosos que temos. Continuou calmo, mas foi duro quando a coordenadora tucana começou a repetir, ininterruptamente e aos berros, que ele não havia falado com o Guerra. Bonis então disse que se a coordenadora não o deixasse se exprimir seria obrigado a desligar.
Vasconcelos continuou a gritar que ele não tinha procurado Guerra e desligou o telefone na cara do jornalista. Disse que vai “estudar a possibilidade de um processo”.

1,5 mi de dados da Visa e Mastercad foram roubados

Por Monica Campi, de INFO Online

São Paulo – A operadoras financeiras Visa e Mastercad afirmaram na tarde de ontem que 1,5 milhões de dados de cartões de crédito foram roubados.

 

Na sexta-feira (30) a processadora de pagamentos Global Payments havia revelado uma possível falha de segurança em seu sistema, que permitiu o acesso de crackers aos dados dos usuários de cartões com as bandeiras Visa e Mastercard

 

Ao jornal The Wall Street Journal, a empresa afirmou que após medidas de segurança conseguiram conter o acesso dos crackers. Além disso, a Global Payments confirmou, no entanto, que os nomes, endereços e dados da segurança social dos usuários não foram roubados pelos criminosos.

 

No entanto, durante o acesso dos criminosos eles conseguiram fazer o download dos números dos cartões de crédito, que poderão ser utilizados em golpes online. Segundo a empresa, os usuários afetados ainda não foram notificados sobre o caso, mas a Visa já retirou seus pagamentos do controle da Global Payments.

 

A empresa também revelou que a brecha de segurança explorada estava limitada apenas a uma parte de seus servidores e não envolveu nenhum outro parceiro.

 

Como a empresa atua somente nos Estados Unidos, apenas usuários deste país foram afetados pela falha, mas turistas que utilizaram seus cartões em viagens também podem ter sido vítimas dos crackers e é recomendável verificar com a operadora de cartões e checar se suas movimentações passaram pelo processamento desta empresa.