Dilma: 5 milhões de estudantes terão aula em tempo integral

Por Correio do Brasil

 

O programa Mais Educação, que oferece atividades em tempo integral aos estudantes do 1º ao 9º ano vai alcançar neste ano 30 mil escolas públicas de ensino fundamental, beneficiando 5 milhões de estudantes em todo o país, inclusive em escolas rurais.

Com isso, o governo antecipa o resultado esperado apenas para 2014, e lança uma nova meta, de atender 60 mil escolas com atividades de acompanhamento pedagógico, de esportes, de artes e informática até 2014.

No programa Café com a Presidenta, transmitido nesta segunda, a presidenta Dilma Rousseff explicou que o Ministério da Educação está com as inscrições abertas para novas adesões das prefeituras até o dia 30 de março.

Segundo ela, serão investidos R$ 1,4 bilhão em 2012 para implantar o Mais Educação nas escolas inscritas. Atualmente, o programa beneficia 2,8 milhões de alunos de 15 mil escolas.

– Eles participam de atividades orientadas, que vão desde o acompanhamento das tarefas escolares até a prática de esportes, aulas de artes e informática. Tudo isso em um turno complementar, disse a presidenta.

Ela acrescentou que a prioridade neste ano são as escolas onde estudam os beneficiários do Bolsa Família e também aquelas que tiveram uma avaliação baixa do Ideb, que é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, do MEC. Segundo Dilma, as atividades complementares podem contribuir para melhorar a qualidade da educação no país.

– Esse é o efeito mais importante do programa: melhorar o aprendizado e interesse dos estudantes pela escola. No Rio de Janeiro, por exemplo, os estudantes do 5º e do 9º ano, do Mais Educação, conseguiram aumentar suas notas de português e de matemática. Isso mostra como a escola em tempo integral é importante para dar aos estudantes novas oportunidades. É uma forma de superar desigualdades, permitir que todas as crianças tenham uma boa educação e tenham acesso a atividades que serão muito importantes para o seu futuro.

Dilma também reforçou que as moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, adquiridas pelas famílias com renda de até R$ 1,6 mil, serão registradas no nome das mulheres. A mudança foi anunciada no Dia Internacional da Mulher. O pai só terá direito à propriedade quando tiver a guarda exclusiva dos filhos.

– Essa mudança é um reconhecimento do papel que a mulher brasileira desempenha como chefe de família. Elas serão donas do imóvel, mesmo em caso de separação ou divórcio. É uma garantia muito importante para as mulheres e para as suas famílias, pois a gente sabe que, nessas horas, a maior responsabilidade pela educação e sustento dos filhos acaba ficando mesmo é com as mulheres, disse Dilma.

Dilma e Obama falarão sobre fortalecer sistema interamericano

“Funcionários americanos revelaram nesta segunda-feira que a visita da presidente brasileira, Dilma Rousseff (PT), a Washington em 9 de abril tratará entre outros assuntos do fortalecimento do sistema interamericano e a integração regional. Dan Restrepo, o principal assessor da Casa Branca sobre a América Latina, disse nesta segunda-feira em uma conferência sobre as relações Brasil-Estados Unidos que na reunião da presidente brasileira com o líder americano, Barack Obama, estará na pauta a Organização dos Estados Americanos (OEA) e como consolidar o sistema interamericano.
A visita, a primeira de Dilma à Casa Branca como presidente, ocorrerá poucos dias antes da Cúpula das Américas em Cartagena das Índias (Colômbia), na qual Restrepo lembrou que os Estados Unidos e o Brasil terão um papel central para promover a integração na região.
Restrepo, que falou em uma conferência no Centro de Estudos Woodrow Wilson, ressaltou que Dilma foi a governante sul-americana com quem mais vezes se reuniu, o que demonstra o interesse em consolidar as relações com países emergentes como o Brasil. Por sua vez, o embaixador brasileiro em Washington, Mauro Vieira, afirmou que a viagem tratará de temas regionais e internacionais e servirá para “iniciar um novo ciclo de relações” bilaterais nas quais pesarão os aspectos econômicos e comerciais.
Vieira lembrou que apesar das diferenças de opinião em alguns temas, o encontro evidencia o alto nível de relações entre os dois países e desmentiu que tenham sido feitas gestões para que a viagem fosse designada como visita de Estado. A secretária de Estado adjunta para a América Latina interina, Roberta Jacobson, destacou a importância da cooperação em matéria econômica entre os dois países, especialmente em campos como as energias alternativas, segurança alimentar, inovação e luta contra o narcotráfico. Leonardo Martínez-Díaz, subsecretário adjunto do Departamento do Tesouro para a América Latina, garantiu que a visita da governante ocorre em um momento-chave, já que a economia brasileira evoluiu através da disciplina fiscal e da política monetária.”

Dilma: ‘vamos defender a indústria brasileira’

Em entrevista concedida ao jornalista Luis Nassif, a presidenta Dilma Rousseff diz que a preocupação número um do governo, daqui para diante, será com o tsunami monetário e os riscos que traz para a indústria brasileira. “As condições do mercado mudaram”, avisa. “Se perguntar hoje qual é o maior cuidado do governo, respondo: é acompanhar como o Brasil se defende dessas políticas que são abertamente protecionistas praticadas pelos governos desenvolvidos”.

Luis Nassif

(*) Publicada originalmente no Blog de Luis Nassif

Quem imaginava uma presidente emocionalmente abalada, depois de chorar em público pela saída de um assessor, pode desistir. A Dilma Rousseff que entrou no salão do Palácio Alvorada para tomar café vinha lépida, feliz, rejuvenescida e entusiasmada pela visita a Hannover, Alemanha, para participar da Feira de Tecnologia.

Lá, conferiu os stands alemães, quase todos apenas com filiais de empresas coreanas.

Depois, os brasileiros, com sistemas criativos, inovadores. “Todo mundo tinha coisa bem legalzinha”, conta a mineira Dilma, Entusiasmou-se com o sistema de controle de voo da Embraer, com a apresentação de Marcos Stefanini, de uma empresa brasileira de TI, que mostrou o grande diferencial brasileiro: jeitinho, criatividade.

Foram 90 minutos de entrevista, interrompida por um telefonema de Lula que mostrou ter recuperado a voz.

A seguir, os trechos principais da entrevista. Nela, diz que a preocupação número um do governo, daqui para diante, será com o tsunami monetário e os riscos que traz para a indústria brasileira. “As condições do mercado mudaram”, avisa ela. E analisa também as marolas em torno da suposta crise da base política.

Como os países ricos estão tratando a crise

É importante analisar como os países ricos tratam a crise.

Comecemos pelos Estados Unidos. O governo Barack Obama assumiu que queria política de crescimento imediato e correção de rumos fiscais no médio prazo. O problema foi a derrota no Congresso que o obrigou a optar pelo “quantitative easing” (programa de expansão monetária). Empurraram a crise com a barriga, aumentaram a quantidade de dinheiro nos bancos, mas não rolaram as dívidas das famílias, o que poderia ter destravado o mercado interno. Só agora nas eleições, depois de quatro anos de crise, começam a rolar as dividas das famílias.

O “quantatitve easing” é um mix de política macro, com taxas de juros lá embaixo, expansão monetária acelerada e segurar o lado fiscal. É evidente que por trás dela há a intenção de desvalorizar o dólar e melhorar o emprego interno.

O governo Obama foi levado a isso politicamente.

No caso da Europa, não: optaram por isso. O último relatório do BIS (o banco central dos bancos centrais) mostra que a estratégia visa dois objetivos principais: impede a crise bancária e ganha tempo para dois mecanismos: desvalorizar o euro e jogar a conta sobre países emergentes que têm câmbio flutuante. Mas, por outro lado, pode estar criando uma enorme bolha monetária.

Não há unanimidade no governo alemão com respeito ao tamanho da liquidez. Para eles foi importante para evitar um Lehman Brothers alemão, mas só isso. Não existe unanimidade na Alemanha sem sobre isso nem em relação à Grécia.

Por trás da expansão da bolhas, há um medo da inflação, pelo histórico alemão com a hiperinflação. Medo que nós compartilhamos.

A arbitragem com países de câmbio flutuante

No filme “Muito Grande para Falir”, na cena final o Secretário do Tesouro Paulson pergunta a Ben Bernanke se estava satisfeito com o fato dos grandes bancos terem absorvido os empréstimos para rolar dívidas. Bernanke, quieto, responde: não tenho certeza se eles vão emprestar. De fato, não emprestaram: uma parte ficou depositada no próprio FED, outra parte foi devolvida.

No caso da Europa, são um trilhão de euros emprestados a 1% ao ano, que em breve entrarão na ciranda financeira. Irão investir em títulos da Itália e Espanha, aumentando sua exposição? Não: virão fazer arbitragem aqui e em outros países. Tem uma enorme bolha a caminho.

O problema é que essa desvalorização cambial artificial é a forma de protecionismo mais feroz que se tem. Há um discurso dos países centrais, de que são defensores do livre comércio. Mas praticam o protecionismo mais feroz que se tem. E essa desvalorização artificial da moeda não está regulada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Então não venham reclamar de algumas medidas absolutamente defensivas que o Brasil toma.

Hoje em dia, via tsunami monetária, está em curso no mundo a prática das desvalorizações competitivas, o que se chama de “empobreça seu vizinho”.

É uma situação esquizofrênica na Europa, que não consegue uma solução de crescimento.

Muitos países estão com graus de desemprego do ponto de vista política incompatível com sistemas democráticos abertos. A dívida grega não é financiável, assim como a de Portugal. Como conviver com nível de desemprego que chega a atingir 45% dos jovens? Destrói o tecido social, tira das pessoas a esperança.

A estratégia brasileira

No Brasil, vamos ter que perceber duas coisas:

Primeiro, as condições do mercado internacional mudaram. Estamos vivendo situação diferenciada. Não se pode perder a consciência do tsunami monetário. Tem que fazer avaliação sobre as estratégias a serem tomadas, e não se faz de forma abrupta e apaixonada. Com muita cautela, frieza, tranquilidade, iremos acompanhar o desenrolar da situação e tomar as medidas cabíveis.

Não tenho como adiantar as medidas cabíveis, mas para o governo brasileiro esta é a questão principal.

Se perguntar hoje qual é o maior cuidado do governo, respondo: é acompanhar como o Brasil se defende dessas políticas que são abertamente protecionistas praticadas pelos governos desenvolvidos.

A necessidade do investimento no Brasil

A própria China está promovendo uma transição do modelo de exportações para o mercado interno. Não vão parar de importar, mas irão se situar de forma diferente no mundo.

Por todas as manifestações que lemos: acho que os chineses se sentiram muito fragilizados diante da crise dos seus maiores mercados. Não podem mais confiar só no mercado externo.

Wen Jiabao disse que o modelo era desequilibrado, insustentável (usa quatro adjetivos): eminentemente desequilibrado: levará a impasses que terão que ser resolvidos.

A China caiu na armadilha do sobre investimento elevado, o que cria rigidez econômica muito forte. Agora, tentam fazer a versão.

No Brasil, anda estamos na fase de acelerar investimento. Em breve pretendo fazer uma reunião pessoal com os maiores empresários do país sobre a questão do investimento, Uma parte da decisão depende da expectativa, do que Delfim gosta de chamar de “espírito animal”. O Brasil oferece todas as condições.

Em todos os lugares que vamos são as mesmas avaliações dos empresários internacionais. No último dia na Alemanha tivermos reunião com Angela Merkel na ABDI (o equivalente à nossa Confederação Nacional da Indústria).

A reunião foi para que nos falassem como pretender investir no Brasil. Havia uma porção de setores, quase uma rodada de negócios. E todos eles vinham, diziam que tinham empresa tal, na área tal, e todo interesse em investir no Brasil. Hoje em dia a maior parte da população alemã é de aposentados e crianças. E o Brasil tem o bônus demográfico. Eles olham para isso, para nosso mercado, para a estabilidade macroeconômica e política, para nossa tradição de respeitar contratos.

Revertendo a queda na indústria

Aqui não temos dúvida de que a economia mundial caminha para recessão com excesso de liquidez. A China reduzirá crescimento para 7,5% com a clara intenção de reverter o modelo para dentro. Outros grandes países vão perseguir esse fortalecimento do mercado interno, com, a possível exceção da Índia, que tem um déficit externo muito complicado.

Temos que ter consciência disso.

A situação atual não é a mesma de 2011. Nós tínhamos absorvido a expansão monetária dos Estados Unidos que de uma forma ou outra foi encaixada. Agora é absolutamente diferente, é recessão com uma gigantesca expansão monetária acumulada e uma tendência a uma volta aos mercados domésticos.

Vamos ter uma política clara em relação ao Brasil, da qual o melhor exemplo é a revisão do acordo automotivo com o México. Foi feito em 2002, em outra conjuntura, na qual cabia o acordo. E está em vigor até agora, em condições não adequadas ao Brasil.

O Brasil vai institucionalmente tomar medidas para garantir que nosso mercado interno não seja canibalizado. Tem queda na indústria, mas dá para reverter. Não daria se deixássemos continuar por dois, três anos. Agora dá e vamos fazer o possível e o impossível para defender a indústria nacional.

O papel da redução dos juros pelo BC

A redução dos juros, pelo Banco Central, não é só para esquentar a economia brasileira. Cumprimento o BC porque a intenção maior é equilibrar a taxa interna com a internacional. Hoje em dia esse diferencial é responsável pela maior arbitragem que existe no mundo.

Iremos fazer isso sem comprometer a luta contra a inflação.

O fantasmas das falsas crises políticas

Existe uma forma quase fantasmagórica de cobrir a política. A imprensa vem falando em crise com a base aliada. Não existe crise. Os conflitos – que sempre existirão – tem a ver com os processos pelos quais exercemos o nosso presidencialismo. Tem que ser de coalizão, mas não deixa de ser presidencialismo.

No caso do Brasil, alcançamos grande maturidade nas relações executivo-legislativo e executivo-judiciário. Podemos nos vangloriar de ter certa estabilidade.

Por aqui seria inconcebível uma relação Executivo-Congresso do tipo democrata-republicano As diferentes opiniões que se estruturam dentro da sociedade brasileira não permitiriam isso.

Temos tradição de sermos obrigados, como políticos que somos, a olhar o interesse de todos: o que nos EUA às vezes me parece que não é o caso.

Ninguém aqui pode durante muito tempo só defender seus interesses específicos sem que haja reação da parte da sociedade.

É sempre bom que tanto Executivo quanto Legislativo e Judiciários saibam que essa é exigência de postura de todos: presidentes, ministros, deputados, senadores e juízes. Esse é aspecto importante da nossa democracia e explica também porque, mesmo tendo eleições bastante atritadas, em alguns casos até duras, logo depois da eleiçao há como uma pacificação geral

Ai do presidente que não falar em nome de todos os brasileiros e brasileiras. Em outros países do mundo não se vê isso

Ao lado da coalisão há questão do interesse de todos, balanço do presidencialismo que fala em nome de todos e coalisão que são interesses partidários. É normal que se reivindique e se debata. É intrínseco a esse processo.

E partidos não podem arcar com ônus de inviabilizar acordos: são partes do acordo. Quando votam contra governo, são pontos muito específicos. Não tem desvio, conduta inadequada: que eles façam assim é da regra do jogo, que façamos de outro é da regra do jogo.

Educação é chave para o Brasil do século XXI

Por Zé Diceu

 

Se levantarmos todas as iniciativas do governo Dilma Rousseff, vamos ver que nossa presidenta está as tomando medidas para superar os dois principais gargalos de nossa economia – educação e inovação – para enfrentar não apenas a conjuntura atual, mas o século XXI.

Dentre as iniciativas mais recentes, está a informação, dada pela própria presidenta, que o governo vai investir R$ 1,4 bi no programa Mais Educação neste ano. O objetivo é estender a educação em tempo integral a 15 mil novas escolas da rede pública, inclusive na zona rural – elas se somarão às cerca de 15 mil escolas que já oferecem atividades integrais para 2,8 milhões de alunos.

Ao lado da banda larga, o piso dos professores e as mudanças introduzidas pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, no ensino fundamental, o Brasil vem enfrentando, passo a passo, os desafios colocados pelo século XXI.

Investimentos e conquistas

O trabalho tem sido árduo e permanente. O Ministério da Educação praticamente quadruplicou seu orçamento em 7 anos, com R$ 80 bi disponíveis à pasta neste ano (leia neste blog a entrevista com o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, na qual faz um balanço detalhado da pasta ao final do ano passado). Ainda que nesta área os resultados tendam a surgir no longo prazo, alguns indicadores já demonstram a reação do setor desde o início dos governos Lula e Dilma. No PISA (sigla em inglês do Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o exame internacional de comparação entre países no campo da educação, o Brasil teve média de 368 no ano 2000 e, nove anos depois, subiu para 401. É um feito que mereceu elogios de organismos internacionais como a Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial.

Outro dado que prova a evolução do país na educação é a queda na taxa de analfabetismo: em 2003 era 11,6% e, em 2010, diminuímos para 9,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE). E, ainda que o índice possa parecer alto, ele reflete o analfabetismo residual das populações mais velhas. Entre os jovens, as taxas são mínimas.

 

Lei do piso para o professor

 

Vale mencionar, também, mais um fator de importância ímpar para alterar o quadro de subdesenvolvimento em que vivemos: a valorização da carreira do professor da rede pública, com a criação do piso nacional salarial, aprovado pela Lei 11.738/2008. Hoje nenhum professor deverá receber menos de R$ 1.451 por mês por uma jornada de 40 horas.

Na outra ponta, temos um aumento de 110% do número de estudantes de ensino superior entre 2001 e 2010, batendo em 6,37 milhões de alunos. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), por sua vez, colhe outros frutos. Antes da reformulação do exame, todas as universidades federais, juntas, ofereciam 100 mil vagas por meio deste exame. A partir de sua adoção generalizada, hoje, já falamos no acesso de alunos a cerca de 300 mil vagas nas universidades deste país.

 

Foi criado também, em 2005, o Sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB), que hoje tem mais de 600 polos de operação, e o Programa Universidade para Todos (ProUNI), que fechou, em janeiro, mais de um milhão de bolsas a universidades privadas concedidas a alunos em todo o país. Houve também o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), concedido a juros reais negativos.

Ensino técnico e profissionalizante

 

Aos nossos jovens também está sendo dada a opção de uma educação profissionalizante. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), nesse sentido, foi uma iniciativa fundamental. Lançado no ano passado, o programa visa expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e oferecerá 8 milhões de vagas a brasileiros até o fim de 2015.

 

Este balanço poderia continuar indefinidamente. Mas o que importa dizer aqui é que a educação pública, universal e de qualidade, nos governos Lula e Dilma, vem deixando de ser meta para se tornar, a cada dia, mais palpável.

Presidenta Dilma e chanceler Angela Merkel testam mesa digital da Positivo Informática na Alemanha

Por Tarso Cabral Violin

Blog do Tarso

 

A presidenta Dilma Rousseff (PT) e a chanceler alemã Angela Merkel conheceram uma solução de tecnologia educacional da paranaense Positivo Informática, em visita ao pavilhão brasileiro na feira de tecnologia Cebit 2012 (Hannover/Alemanha). A mesa é a Alfabeto, usada em escolas brasileiras e também exportadas para mais de dez países.

Dilma entre as mulheres “que abalaram o mundo”

No Correio do Brasil

Por Redação, com Vermelho.org

 

A presidente Dilma Rousseff e a grafiteira carioca Panmela Castro são as representantes brasileiras que figuram na lista das ‘150 mulheres que abalaram o mundo’, publicada nesta semana pela revista americana Newsweek. “De Detroit (EUA) até Cabul (Afeganistão), essas mulheres estão fazendo com que suas vozes sejam escutadas”, descreveu a publicação sobre as governantes, atletas, jornalistas e ativistas que compõem o seleto grupo.

A escolha de Dilma foi baseada também por sua militância política contra a ditadura. “Elas são chefes de Estado e chefes de família, manifestantes iradas nas praças das cidades e iconoclastas em aldeias remotas. Com borbulhante energia, mulheres estão construindo escolas, abrindo empresas, combatendo a corrupção, experimentando novas tecnologias e demolindo velhos preconceitos. Cada vez que uma mulher ou uma menina assume o controle de sua vida, o padrão de vida local ascende e os valores dos direitos humanos se ampliam. Portanto, a partir deste ano, Newsweek e The Daily Beast vão homenagear heroinas locais e a crescente rede de mulheres poderosas que apoiam seus esforços”.

A escolha de Dilma foi, segundo a revista, baseada não apenas por ser a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Brasil, mas por sua militância política.

Chamada de “dama de ferro” por seu estilo firme, Dilma Rousseff é a primeira mulher a ocupar o posto. Na juventude, ela atuou nos movimentos de resistência de esquerda contra a ditadura militar brasileira e foi presa e torturada. Com a volta da democracia, ocupou diversos cargos, até tornar-se ministra no governo Lula, primeiro das Minas e Energia e depois chefe da Casa Civil.

Já a carioca Panmela aparece na lista por seu ativismo social. Da América Latina, também fazem parte da lista a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e a ex-mandatária do Chile, Michelle Bachelet, agora diretora-executiva da agência ONU Mulheres,.

Os Estados Unidos dominaram a lista com 53 mulheres, entre as quais, Oprah Winfrey, Meryl Streep, Angelina Jolie, Lady Gaga e Hillary Clinton. Entre as representantes de outros países estão a a chanceler alemã Angela Merkel e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.

Dilma enfrenta turbulências mundiais na defesa da economia brasileira

Por Palavras Diversas

 

Banco Central acelerou a queda da taxa Selic para 9,75% ao ano: movimento coordenado com Dilma para enfrentar a guerra cambial e proteger a economia brasileira

Redução de juros para a promoção do desenvolvimento e superação da guerra cambial

Foi quebrada a barreira dos 10% da taxa Selic. Os economistas tupiniquins, notadamente os de inclinação ultraliberal, têm um dogma que propagam como verdade absoluta: não é possível, no Brasil, reduzir os juros básicos da economia além dos 10% ao ano, sob pena de se desencadear um processo inflacionário e se perder o controle sobre ele. Uma crença que, costuma ironizar o analista econômico Luiz Nassif, é como jabuticaba, pois só existe no Brasil!

Claro que o risco de inflação existe em qualquer economia do mundo, que esteja repentinamente aquecida. O aumento súbito do consumo de bens, seja ele gerado pelo crescimento espontâneo da demanda ou por estímulos artificiais resulta, muitas vezes, em aumento de preços. Se uma economia não está dotada de capacidade produtiva para prover os bens demandados pelo mercado, seja porque ela não possui capacidade instalada, tanto em termos das plantas físicas das empresas, quanto em termos da capacidade de escoamento do que é produzido, ou, ainda, porque o grau de fechamento de seu mercado interno impede a entrada de produtos externos, o resultado, quase sempre, é inflação.

Foi isto o que historicamente ocorreu no Brasil. Um mercado consumidor minúsculo, que não ultrapassava 25% da população, sempre que era momentaneamente aquecido levava a aumento de preços, pois as empresas não estavam preparadas nem tinham maior interesse em produzir mais do que vinham produzindo até ali e, além disso, as barreiras alfandegárias tornavam proibitiva a entrada de produtos externos. Era este o motivo também pelo qual se afirmava que não se podia aumentar o salário mínimo nem distribuir renda no país. O aumento de renda geraria um aumento repentino de consumo de produtos básicos, como leite, carne e alimentos em geral, assim como roupas e pequenos eletrodomésticos, e não haveria produtos a serem ofertados. A consequência seria que os preços subiriam às alturas e a inflação sairia de controle.

O risco inflacionário existe ainda hoje, mas, nas condições atuais da economia brasileira e mundial, ele se tornou apenas teórico. No plano interno brasileiro, a “abertura dos portos” e o aumento paulatino do mercado consumidor, fruto da pequena (mas significativa) distribuição de renda e do aumento dos ganhos salariais ocorridos nos últimos anos, fez com que as empresas expandissem sua capacidade produtiva e se voltassem para suprir as demandas locais emergentes, já que o mercado externo se encontra retraído. No plano externo, a crise mundial desacelerou as economias dos países desenvolvidos, diminuindo as demandas e criando dificuldades para as exportações globais. Tudo isto afastou, no Brasil e no mundo, os riscos inflacionários imediatos, gerando, no entanto, outros e novos problemas.

Para romper a estagnação econômica, os países desenvolvidos, EUA primeiro e países da zona do euro depois, injetaram imensas quantias de dinheiro nas suas economias, expandindo suas bases monetárias e oferecendo financiamentos a juros irrisórios. O resultado foi a desvalorização artificial de suas moedas e, consequentemente, a sobrevalorização também artificial das moedas dos países emergentes que praticam políticas cambiais flutuantes, com o real se tornando a moeda mais valorizada no mundo nos últimos meses. Com isto, se, de um lado, os países desenvolvidos revitalizam seus mercados internos e devolvem competitividade aos produtos de suas empresas, pois os colocam a preços muito mais baratos no mercado internacional, de outro, os países emergentes veem os produtos de suas empresas perderem espaço, tanto interno quanto externo, pois seus preços tornam-se proibitivos.

Inicia-se, também, como decorrência das medidas monetárias adotadas nos países desenvolvidos, um ciclo perverso. Como suas economias estão estagnadas e os juros básicos da economia muito baixos, os recursos baratos injetados pelos bancos centrais norte-americano e europeu tendem a fugir para os mercados emergentes, onde os juros básicos e os rendimentos das aplicações financeiras são muito mais elevados. Com isto, cria-se um fluxo especulativo que joga ainda mais para baixo o valor das moedas de referência, no caso o dólar e o euro, e eleva cada vez mais o valor das moedas emergentes. Se as economias centrais tendem a voltar a se expandir, como consequência dessas medidas, as economias periféricas, mesmo que emergentes, tendem a se estagnar.

Isto é o que está, agora, na emergência de acontecer. Por este motivo, Dilma Rousseff foi tão enfática nas críticas proferidas durante sua recente viagem à Alemanha e no encontro com Angela Merkel. Este é o motivo pelo qual o governo federal brasileiro vem agindo cada vez mais fortemente na proteção ao real e ao parque produtivo nacional. Depois das políticas de expansão do crédito e de recuperação do poder aquisitivo dos segmentos de menores rendas, das medidas de desoneração fiscal e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciadas no governo Lula, o governo Dilma criou o plano Brasil Maior, aprofundou a diminuição de impostos e encargos sociais, passou a taxar com mais força o ingresso de capitais externos voláteis e começou, ainda no final do ano passado, a agir em conjunto com o Banco Central brasileiro, na redução da taxa Celic, que é a taxa de juros que regula o nível de todas as demais taxas de juros no país.

Tecnicamente, hoje, a indústria brasileira já se encontra em recessão, pois há três meses sua taxa de crescimento tem sido negativa. A economia dos demais setores produtivos, o de serviços e o agropecuário, continua se expandindo, o que faz com que a economia global do país continue aumentando, mas o faça de forma mais lenta e menor do que o desejado. O crescimento do PIB brasileiro em 2011, recém-divulgado, ficou em apenas 2,7%, bem abaixo dos 3,5% esperados no início do ano passado. O perigo de desindustrialização é real. Cabe agir com determinação e é isto o que o governo vem fazendo, ainda que possa e deva fazê-lo de modo mais abrangente e de forma mais intensa do que fez até aqui. Superar a recessão e a perda de competitividade da indústria brasileira exigirá que, além das medidas em curso, sejam também adotadas políticas agressivas de incentivo ao desenvolvimento tecnológico e de incremento de produtividade.

Dilma marca reunião com centrais sindicais

Tânia Monteiro, Agência Estado / Estadão.com.br
“Depois de enfrentar uma rebelião na base no Senado, que levou à sua primeira derrota no Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu comunicar às centrais sindicais que irá recebê-las em reunião no Palácio do Planalto, no dia 14 de março. Esta será a terceira reunião de Dilma com as centrais, desde que assumiu o governo. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henriques, disse à reportagem que os sindicalistas aproveitarão para se queixar que, “neste primeiro ano de governo, a agenda do setor empresarial andou mais rapidamente do que a agenda dos trabalhadores”.
Segundo Arthur Henriques, as centrais se ressentiram de não serem chamadas para participar das reuniões que definiram redução de impostos que beneficiaram as empresas, que poderiam ter oferecido contra partida para os trabalhadores. “Queremos participar mais dos debates. A agenda do setor empresarial, que prevê redução de impostos, desoneração, como medidas para enfrentar a crise internacional, não está sendo debatida paralelamente, no mesmo momento”, queixou-se ele, insistindo que, quando o governo chamar o setor empresarial, tem de chamar também os trabalhadores.
Uma pauta conjunta será apresentada pelas centrais à presidente Dilma. Ela começa com uma discussão dos problemas macroeconômicos, como redução de juros, problemas com o câmbio por causa da enxurrada de dólares e euros que está entrando no país e os reflexos disto na indústria brasileira. O segundo ponto será a discussão sobre o fim do fator previdenciário e a introdução de uma política de valorização dos aposentados, que ganham acima de um salário mínimo.”

Presidenta Dilma é atingida por barra de ferro durante entrevista na Alemanha

Por Pragmatismo Político

No momento do incidente, a presidente falava sobre protecionismo dos países ricos, quando se afastou dos repórteres e manifestou dor. Dilma tirou de letra. Retornou, e em seguida disse: “Passou. Vou mancar até amanhã”

Dilma Alemanha MerkelA presidenta Dilma Rousseff concedia uma entrevista coletiva em Hannover, Alemanha, quando uma barra de ferro caiu e a atingiu no pé. Dilma reagiu imediatamente com uma expressão de dor, mas continuou a entrevista. Confira no vídeo abaixo, aos 4’54′‘.

No momento do incidente, a presidente falava sobre protecionismo dos países ricos, quando se afastou dos repórteres e manifestou dor. Ela retornou em seguida e disse: “Passou. Vou mancar até amanhã”.

Dilma concedeu a entrevista a jornalistas brasileiros antes de participar da abertura da Feira Internacional das Tecnologias da Informação e das Comunicações, a Cebit, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel.

 

De acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, a presidenta foi atingida por uma barra de sustentação do cordão de isolamento que a separava dos jornalistas. Ainda segundo a assessoria, Dilma não necessitou de atendimento médico.

 

Carta de uma professora para a Presidenta Dilma

Por Núcleo de Notícias

Por Angela Maieski – Professora
(amaieski@sinos.net)

Por Angela Maieski – Professora
(amaieski@sinos.net)

Estava eu pensando em escrever uma carta para a Presidenta Dilma, na qual diria que muito me alegra saber que ela está conseguindo espanar um pouco da poeira que se espalha pelo planalto central, quiçá consiga arredar os pesados móveis para limpar todos os cantinhos e arrancar as ervas daninhas do quintal. Pediria que se possível, ela contratasse alguns pedreiros para reconstituir o piso nacional do magistério, que anda “prá” lá de esburacado em alguns Estados e municípios, apesar da lei federal que diz que todos devem poder contar com um piso sem buracos.

Eu e milhares de professores teríamos o maior prazer em auxiliá-la na faxina e até pegar na colher de pedreiro para pavimentar o piso, tanto pela importância da função, quanto pela remuneração, que é superior a de muitos da nossa classe.

Possivelmente tal mensagem se perderia nos meandros do poder e talvez, a exemplo de uma garrafa jogada ao mar, algumas décadas ou séculos passados, alguém a encontraria e tentaria decifrar, talvez com surpresa; as mal traçadas linhas, se perguntando quem seria a desconhecida que em algum momento deixara suas ideias aflorarem naquele e-mail , salvo num hardware agora carcomido pelo tempo, tal qual um manuscrito antigo, porque cartas escritas em papel já são quase obsoletas nesse segundo decênio do século XXI.

Nesse tempo futuro, o êxodo já teria ocorrido e a luta travada seria a de tentar reverter o problema, a escrita utilizada seria a do computador, com seus erros e acertos, coerências e incoerências, afinal, ninguém mais escreveria, simplesmente ditaria e o software se encarregaria de registrar palavra por palavra, sendo que “professor” não seria aceito e se alguém se atrevesse a tentar, receberia um aviso “sem registro – essa palavra não existe”. Não que isso faria muita diferença, já que de acordo com o IBGE (2010) um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional.

Escolas só de samba e futebol. O povo se divertiria e nem lembraria de olhar a sujeira acumulada sob o tapete ou o buraco no piso.

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