Educação é chave para o Brasil do século XXI

Por Zé Diceu

 

Se levantarmos todas as iniciativas do governo Dilma Rousseff, vamos ver que nossa presidenta está as tomando medidas para superar os dois principais gargalos de nossa economia – educação e inovação – para enfrentar não apenas a conjuntura atual, mas o século XXI.

Dentre as iniciativas mais recentes, está a informação, dada pela própria presidenta, que o governo vai investir R$ 1,4 bi no programa Mais Educação neste ano. O objetivo é estender a educação em tempo integral a 15 mil novas escolas da rede pública, inclusive na zona rural – elas se somarão às cerca de 15 mil escolas que já oferecem atividades integrais para 2,8 milhões de alunos.

Ao lado da banda larga, o piso dos professores e as mudanças introduzidas pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, no ensino fundamental, o Brasil vem enfrentando, passo a passo, os desafios colocados pelo século XXI.

Investimentos e conquistas

O trabalho tem sido árduo e permanente. O Ministério da Educação praticamente quadruplicou seu orçamento em 7 anos, com R$ 80 bi disponíveis à pasta neste ano (leia neste blog a entrevista com o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, na qual faz um balanço detalhado da pasta ao final do ano passado). Ainda que nesta área os resultados tendam a surgir no longo prazo, alguns indicadores já demonstram a reação do setor desde o início dos governos Lula e Dilma. No PISA (sigla em inglês do Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o exame internacional de comparação entre países no campo da educação, o Brasil teve média de 368 no ano 2000 e, nove anos depois, subiu para 401. É um feito que mereceu elogios de organismos internacionais como a Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial.

Outro dado que prova a evolução do país na educação é a queda na taxa de analfabetismo: em 2003 era 11,6% e, em 2010, diminuímos para 9,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE). E, ainda que o índice possa parecer alto, ele reflete o analfabetismo residual das populações mais velhas. Entre os jovens, as taxas são mínimas.

 

Lei do piso para o professor

 

Vale mencionar, também, mais um fator de importância ímpar para alterar o quadro de subdesenvolvimento em que vivemos: a valorização da carreira do professor da rede pública, com a criação do piso nacional salarial, aprovado pela Lei 11.738/2008. Hoje nenhum professor deverá receber menos de R$ 1.451 por mês por uma jornada de 40 horas.

Na outra ponta, temos um aumento de 110% do número de estudantes de ensino superior entre 2001 e 2010, batendo em 6,37 milhões de alunos. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), por sua vez, colhe outros frutos. Antes da reformulação do exame, todas as universidades federais, juntas, ofereciam 100 mil vagas por meio deste exame. A partir de sua adoção generalizada, hoje, já falamos no acesso de alunos a cerca de 300 mil vagas nas universidades deste país.

 

Foi criado também, em 2005, o Sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB), que hoje tem mais de 600 polos de operação, e o Programa Universidade para Todos (ProUNI), que fechou, em janeiro, mais de um milhão de bolsas a universidades privadas concedidas a alunos em todo o país. Houve também o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), concedido a juros reais negativos.

Ensino técnico e profissionalizante

 

Aos nossos jovens também está sendo dada a opção de uma educação profissionalizante. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), nesse sentido, foi uma iniciativa fundamental. Lançado no ano passado, o programa visa expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e oferecerá 8 milhões de vagas a brasileiros até o fim de 2015.

 

Este balanço poderia continuar indefinidamente. Mas o que importa dizer aqui é que a educação pública, universal e de qualidade, nos governos Lula e Dilma, vem deixando de ser meta para se tornar, a cada dia, mais palpável.

PSDB: Secretário de Saúde de SP recebeu R$ 600 mil de propina da máfia da merenda

Por Amigos do Presidente Lula

 

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou ontem 35 acusados de envolvimento na chamada máfia da merenda, como é conhecido o grupo de empresas que teria formado um cartel e uma quadrilha para fraudar licitações para o fornecimento de merenda escolar. O grupo ainda é acusado de corromper políticos do PSDB  e funcionários públicos, além de lavar o dinheiro da organização criminosa.
Entre os acusados estão os empresários Eloízo Afonso Gomes Durães e Geraldo João Coan e o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Januário Montone. Todos negam as acusações. Incluído entre os acusados por causa de sua atuação quando era secretário de Gestão (governos Serra e Kassab), Montone é acusado de receber R$ 600 mil de propina do cartel da merenda.
Durante as investigações, ele teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça depois da apreensão de memorandos internos da empresa SP Alimentação – a maior do ramo, de propriedade de Durães. Neles, segundo os promotores do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), havia a indicação de dois pagamentos em agosto de 2007 de R$ 50 mil a Montone. Só em 2007, ele teria recebido R$ 600 mil.
Os  pagamentos de propinas para a Prefeitura de São Paulo efetuados pela máfia da merenda teriam começado em 2003, durante a gestão de Marta Suplicy (PT). De agosto de 2003 a fevereiro de 2004, documentos apreendidos pelo Gedec mostram que foi pago R$ 1,2 milhão de propinas para corruptos que trabalhavam na Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo. Na primeira quinzena de 2004, foram pagos R$ 242 mil em propinas.
Fraudes.
O esquema, segundo a denúncia, começou a ser articulado pelas empresas do setor, que formaram um cartel para impedir a concorrência no mercado. Por meio de lobistas, convenciam candidatos a prefeito e prefeitos a terceirizar o fornecimento de merenda escolar para as escolas. Em vez de garantir eficiência e um custo menor, a medida significava um aumento médio de 30% dos valores gastos pelos municípios com a merenda, pois o cartel impedia a concorrência.
O aumento dos gastos não se devia, de acordo com a acusação, a uma melhoria na qualidade dos alimentos. Pelo contrário: uma das formas de a máfia da merenda ganhar dinheiro era justamente o fornecimento de alimentos de péssima qualidade para as crianças. As empresas ainda superfaturavam o número de refeições fornecidas ou deixavam de entregar o que era devido para aumentar seus lucros. Era por meio dessas fraudes que os acusados arrumariam o dinheiro para pagar as propinas em 57 cidades de 9 Estados. Além de São Paulo, os promotores citam na denúncia pagamentos de propina para outros 22 municípios do Estado.

MP denuncia 35 da máfia da merenda em São Paulo

 

MP denuncia 35 da máfia da merenda em São PauloFoto: DIVULGAÇÃO

ENTRE OS DENUNCIADOS ESTÁ JANUÁRIO MONTONE, SECRETÁRIO DE SAÚDE NAS GESTÕES DE JOSÉ SERRA E GILBERTO KASSAB

Por Agência Estado

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou ontem 35 acusados de envolvimento na chamada máfia da merenda, como é conhecido o grupo de empresas que teria formado um cartel e uma quadrilha para fraudar licitações para o fornecimento de merenda escolar. O grupo ainda é acusado de corromper políticos e funcionários públicos, além de lavar o dinheiro da organização criminosa.

Entre os acusados estão os empresários Eloízo Afonso Gomes Durães e Geraldo João Coan e o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Januário Montone. Todos negam as acusações. Incluído entre os acusados por causa de sua atuação quando era secretário de Gestão (governos Serra e Kassab), Montone é acusado de receber R$ 600 mil de propina do cartel da merenda.

Durante as investigações, ele teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça depois da apreensão de memorandos internos da empresa SP Alimentação – a maior do ramo, de propriedade de Durães. Neles, segundo os promotores do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), havia a indicação de dois pagamentos em agosto de 2007 de R$ 50 mil a Montone. Só em 2007, ele teria recebido R$ 600 mil.

Os supostos pagamentos de propinas para a Prefeitura de São Paulo efetuados pela máfia da merenda teriam começado em 2003, durante a gestão de Marta Suplicy (PT). De agosto de 2003 a fevereiro de 2004, documentos apreendidos pelo Gedec mostram que foram pagos R$ 1,2 milhão de propinas para corruptos que trabalhavam na Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo. Na primeira quinzena de 2004, foram pagos R$ 242 mil em propinas.

Fraudes

O esquema, segundo a denúncia, começou a ser articulado pelas empresas do setor, que formaram um cartel para impedir a concorrência no mercado. Por meio de lobistas, convenciam candidatos a prefeito e prefeitos a terceirizar o fornecimento de merenda escolar para as escolas. Em vez de garantir eficiência e um custo menor, a medida significava um aumento médio de 30% dos valores gastos pelos municípios com a merenda, pois o cartel impedia a concorrência.

O aumento dos gastos não se devia, de acordo com a acusação, a uma melhoria na qualidade dos alimentos. Pelo contrário: uma das formas de a máfia da merenda ganhar dinheiro era justamente o fornecimento de alimentos de péssima qualidade para as crianças. As empresa ainda superfaturavam o número de refeições fornecidas ou deixavam de entregar o que era devido para aumentar seus lucros. Era por meio dessas fraudes que os acusados arrumariam o dinheiro para pagar as propinas em 57 cidades de 9 Estados. Além de São Paulo, os promotores citam na denúncia pagamentos de propina para outros 22 municípios do Estado.

O dinheiro saía das empresas da merenda por meio da compra de notas fiscais frias de empresas fantasmas. Parte dele era depositado em contas bancárias de laranjas e das empresas fantasmas – no endereço de uma delas funcionava uma igreja evangélica em Indaiatuba (SP).

Dinheiro vivo

Das contas bancárias, o dinheiro era sacado na boca do caixa. “A quadrilha de Eloízo (Durães) contratava motoboys para levantar a dinheirama nos bancos e entregá-la a seus cúmplices”, diz a denúncia. Descoberta a fraude, o grupo teria aberto novas empresas fantasmas para substituir aquelas que estavam queimadas.

Um esquema semelhante teria sido usado pelo Grupo Coan. “De posse de valores de origem fraudulenta, oriunda dos contratos firmados em licitações fraudulentas, o Grupo Coan, criou empresas fantasmas e abriu contas bancárias para dissimular e ocultar recursos.” Dois advogados teriam construído a arquitetura da lavagem do dinheiro.

Para o Gedec, “havia, pois, um pernicioso e gravíssimo ciclo de fraudes em licitações, corrupção de servidores públicos e desvio de recursos públicos”. “Ao mesmo tempo, o dinheiro de procedência ilícita era dissimulado e distanciava-se de sua origem criminosa”, dizem na denúncia os promotores Arthur Pinto Lemos Junior, Joel Carlos Silveira e Roberto Bodini, do Gedec.

Foram três anos e meio de investigações antes de os promotores apresentarem a denúncia. A apuração começou após dois blocos com documentos terem sido entregues ao MPE. Eles mostravam planilhas contas bancárias e nomes de empresas fantasmas que seriam usadas pela máfia.

Professores caminham para greve nacional

No Carta Maior

 

O magistério do DF deliberou pela greve nesta quinta, se juntando a outros três estados que já estão parados. No RS os professores já se encontram em estado de greve. SP, RN, PB e SC poderão aumentar para esta lista, uma vez que já têm assembleias marcadas com esta pauta. Para semana que vem, a CNTE planeja três dias de greve nacional e mais estados poderão aderir. Piso nacional da categoria é o problema central.

Vinicius Mansur

Brasília – Os professores do Distrito Federal (DF) decidiram entrar em greve a partir do dia 12 de março. A decisão tomada nesta quinta (8) foi motivada pelo não cumprimento dos acordos assumidos em abril de 2011 pelo governo distrital, de acordo com o sindicato da categoria. Assim, o DF se junta a Piauí, Rondônia e Goiás, onde os professores da rede pública estadual já estão em greve.

A categoria já está parada há 32 dias em Goiás, há 11 no Piauí e há duas semanas em Rondônia. Esta tendência deve ser crescente. No Rio Grande do Sul, os professores já estão em estado de greve. São Paulo e Rio Grande do Norte tem assembleia no dia 14, Santa Catarina no dia 15 e Paraíba no dia 16.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) já anunciou uma greve em todo o país entre os dias 14 e 16 de março. Trata-se de um universo de aproximadamente 2,5 milhões de professores. Porém, a decisão pela adesão prolongada ao movimento grevista depende da realidade de cada estado. Em 2011, 15 estados viram o magistério publico entrar em greve.

A reivindicação central, apesar de não ser a única, é o pagamento do piso nacional do magistério estipulado para 2012 pelo Ministério da Educação (MEC): R$ 1.451.

“Provavelmente quem não se dispuser a pagar este valor enfrentará greve. Atualmente 17 estados não pagam e que ainda não se comprometeram conosco a pagar. Só do Espírito Santo ainda não temos as informações”, aponta secretária geral da CNTE, Marta Vanelli.

De acordo com a entidade, os 17 estados são: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Já pagam de acordo com o piso Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo.

Em Goiás os sindicalistas reclamam que o governo aceitou pagar o piso, mas incorporou a gratificação salário base e achatou o resto da carreira. Os professores com nível superior, em regime de 40 horas, tiveram apenas R$ 30 de reajuste, passando de R$ 1.980 para R$ 2.010.

Pará, Maranhão, Pernambuco não pagam o piso , mas já se comprometeram oficialmente em pagá-lo na folha de março.

O piso nacional do magistério – sancionado em 2008, pelo ex-presidente Lula, e declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado – determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais.

O seu reajuste é calculado com base no aumento do custo por aluno estabelecido pela Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Governadores e prefeitos defendiam que o reajuste se baseasse no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), aferido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que este ano foi de 6%.

O valor de R$ 1.451 definido para 2012 representa aumento de 22,22% em relação a 2011, quando o piso foi R$ 1.187. Em 2010, o piso era de R$ 1.024 e em 2009, R$ 950.

“A valorização do professor começa pelo piso”

Por Blog da Aninha

 

“A valorização do professor começa pelo piso”, diz Ministro da Educação

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, valorizar os professores brasileiros é meta fundamental para o País. Desde que assumiu o comando do ministério, ele anunciou a distribuição de tablets para os docentes do ensino médio, programas de formação, bolsas de estudo. Mas admite que cumprir o piso salarial do magistério deve ser a primeira medida de Estados e municípios para valorizar esse profissional.

Em entrevista ao iG, Mercadante afirmou que essa não é uma tarefa fácil e que há um limite de contribuição do ministério nesse sentido. “Temos outras responsabilidades a cumprir no apoio às prefeituras”, lembra. Garantir recursos do pré-sal para a educação, na opinião dele, pode ser uma boa solução para auxiliar os gestores municipais e estaduais a garantir melhores salários aos educadores.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em seu gabinete durante entrevista ao
iG .Durante a conversa de quase uma hora, o ministro ressaltou que os cálculos feitos pelo MEC para reajustar o valor do piso são baseados em determinações legais – rebatendo de forma discreta as críticas feitas pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, de que o ministro teria “opinião furada” sobre esse assunto.
Em pouco mais de um mês à frente do MEC – cujo orçamento é dez vezes maior do que o da Ciência, Tecnologia e Inovação, antigo cargo de Mercadante –, o ministro se diz maravilhado com o desafio. “É um ministério complexo, com uma agenda dinâmica, dimensões imensas. Eu considero o maior desafio estratégico do Brasil ter uma educação de qualidade para todos”, afirma.

Nos próximos meses, Mercadante espera anunciar novos projetos para a alfabetização e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Um novo programa para a educação no campo será anunciado ainda este mês. Confira os principais trechos da entrevista:

iG: Ministro, quais serão suas prioridades à frente do Ministério da Educação?

Aloizio Mercadante: Nosso primeiro esforço é acelerar o programa de creches e pré-escolas. Nós estamos contratando 1,5 mil creches por ano, no entanto, as prefeituras só estão conseguindo construir as creches num prazo de dois anos e meio. Montamos uma força-tarefa para, nos próximos 60 dias, verificarmos quais as medidas complementares podemos oferecer aos prefeitos e estamos terminando um estudo com o Inmetro para oferecermos serviços de engenharia de novos métodos construtivos, tipo estruturas pré-moldadas e novas tecnologias para acelerarmos isso. A deficiência é grande. Na pré-escola, estamos com 80% dos alunos matriculados, mas na creche temos em torno de 26% de cobertura.

A segunda grande prioridade é alfabetizar na idade certa. Essa eu diria que é uma das grandes prioridades dessa gestão, porque nós temos uma disparidade muito grande. Só 4,9% das crianças do Paraná não são alfabetizadas até os 8 anos de idade. Em Santa Catarina, 5,1%, para darmos bons exemplos. Quando você vai para o Nordeste, em Alagoas, 35% das crianças não são alfabetizadas na idade certa. Quando há creche e pré-escola, você tem mais chance de alfabetizar na idade certa, por isso esse nosso esforço. Nós temos de formar os professores de forma continuada; ter material pedagógico consistente e disponível; precisamos motivar os professores, premiando e valorizando os resultados que venham a ter e temos de avaliar as crianças.

iG: O programa alfabetização na idade certa vai incluir todas essas ações? Quando ele começará a funcionar?

Mercadante: Todas. É um projeto bem completo. Analisamos as melhores experiências do Brasil para formatar esse projeto. Nesta quinta-feira, vou participar do encontro do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e quero discutir o projeto com eles. É importante ouvir deles contribuições, esse tem de ser um grande pacto nacional. Nós vamos disponibilizar recursos, materiais, formação para os professores e motivá-los no programa. O melhor instrumento para isso é um novo programa, o Escola sem Fronteiras, que promoverá estágios desses professores nas melhores escolas do Brasil e do exterior. O pessoal da Capes está estudando as modalidades possíveis, mas estamos pensando no período das férias.

Ranking: Porcentual de alunos com aprendizado adequado à série por cidade
iG: O programa também prevê a oferta de bônus financeiro aos professores que tiverem bons resultados?
Mercadante: Até agora, a forma que achamos mais consistente de estimular os professores é com a bolsa do Escola sem Fronteiras. Também tem de dar algum estímulo para escola. Ela também tem de ser valorizada pelos resultados. Nós vamos discutir com os secretários de Educação para concluirmos o desenho desse programa em parceria, de forma consistente.

Nós estamos lançando também ainda agora em março, o Pronacampo. Só 15,5% dos jovens do campo estão no ensino médio. No campo, 23,2% de todas as pessoas com mais de 15 anos não estão alfabetizadas. O campo precisa ter um outro olhar por parte do Estado.

iG: O senhor poderia adiantar quais serão as ações práticas desse programa?

Mercadante: Toda a produção de material didático vai ser nova, focada no campo. Vamos oferecer também um programa de formação de professores voltado para isso; construir novas escolas, inclusive escolas com alojamentos. Nos últimos sete anos, tivemos mais de 30 mil escolas fechadas no campo. Estamos fixando também que, para fechar uma escola, a prefeitura ou Estado seja obrigado a consultar os conselhos estaduais e municipais de educação. Vamos estabelecer alguns critérios para o fechamento de escolas acontecer. Às vezes, é necessário, mas tem havido uma política de reduzir despesas, transferindo o ônus para o aluno. É muito mais fácil e barato para uma prefeitura, em vez de ter uma escola no interior, comprar um ônibus e fazer o aluno andar 100 km pra ir e mais 100 pra voltar.
No ensino médio, o que nós identificamos é uma evasão escolar muito alta. Uma parte é por causa da defasagem idade-série que vai se acumulando e se manifesta no ensino médio com o abandono da escola. A outra é que, para grande parte dos alunos, é preciso associar trabalho e educação, o que vamos fazer com o Pronatec. Além disso, a escola precisa ficar mais interessante. Um dos instrumentos mais importantes e rápidos nesse sentido é a distribuição do tablet com projetor digital, para que o professor melhore e crie um ensino interativo na sala de aula. Estamos distribuindo lousa digital, vamos dar toda a produção do Khan Academy, traduzida em parceria com a Fundação Lemann, e o Portal do Professor já tem 15 mil aulas prontas. Esse material vai dar um salto de qualidade na sala de aula.

Eu reconheço que é um reajuste forte e que há dificuldades. Agora, estamos falando em pouco mais de dois salários mínimos. Se nós quisermos ter professores de qualidade no Brasil, é preciso oferecer salários atraentes. Se não, tudo o mais que estamos falando não vai acontecer a médio prazo”

iG: O senhor acredita que distribuir esse material muda a divisão cultural entre professores e alunos no que diz respeito à tecnologia?

Mercadante: O arranjo social da escola é do século 18. Os professores são do século 20 e os alunos, do século 21. Eles são nativos digitais. Temos que chegar no aluno. Começando pelo professor, a gente chega mais seguro. É inimaginável um professor do século 21 não poder entrar no Google. Isso vai mudar. Nós já vamos até aumentar a distribuição. Além de dar o tablet aos professores do ensino médio, vamos estender o programa para todos os alunos que participam do Programa Institucional de Iniciação à Docência (Pibid). Os universitários que estão se formando e fazendo estágio na escola pública vão ter o equipamento, para que eles cheguem na escola preparados para trabalhar novas tecnologias para a educação. Fizemos um seminário com 27 grupos de pesquisa do País na semana passada e a avaliação da inclusão digital na escola é excelente. Estamos montando um relatório completo agora. Todos têm a avaliação de que o processo gera motivação, criatividade, interatividade. É uma mudança de paradigma, que o Brasil tem de enfrentar.

iG: O senhor falou da importância de valorizar o professor, dar estímulos, oferecer tecnologia e formação para que eles trabalhem melhor. Mas não é preciso dar melhores salários e carreira para que essa valorização ocorra?

Mercadante: Não há nenhuma tecnologia que possa substituir a relação professor-aluno, agora essa relação pode melhorar com boas tecnologias educacionais. A primeira forma de valorizarmos o professor hoje é cumprir o piso. Eu reconheço que é um reajuste forte e que há dificuldades reais. Agora, nós estamos falando em pouco mais de dois salários mínimos. Se nós quisermos ter professores de qualidade no Brasil, é preciso oferecer salários atraentes. Se não, tudo o mais que estamos falando não vai acontecer a médio prazo. Além disso, há a discussão da jornada, que deve ser um objeto de ampla negociação com os professores e entidades sindicais. A hora-atividade não pode ser tratada como uma questão trabalhista, desassociada de uma dimensão pedagógica.

O arranjo social da escola é do século 18. Os professores são do século 20 e os alunos, do século 21

iG: O MEC pode ajudar mais as prefeituras e os Estados a cumprir o pagamento do piso?

Mercadante: Nós repassamos, no mínimo, 60% do Fundeb para pagamento de salário. Tivemos um aumento significativo de repasse do MEC para Estados e municípios. O crescimento do orçamento do MEC foi exponencial nesses anos. Tudo isso é repassado na ponta. Temos de ter um pacto federativo em torno desse caminho. Temos outras responsabilidades a cumprir no apoio às prefeituras, como, por exemplo, as creches, a alfabetização na idade certa, o Pronacampo. Os investimentos tem de ser mantidos.

Rio Grande do Sul: Justiça manda governo gaúcho pagar piso a professores

iG: O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, deu uma declaração polêmica sobre a opinião do senhor sobre o piso…

Mercadante: A regulamentação do piso salarial foi votada por unanimidade pelo Congresso Nacional em 2008. Depois, o Supremo Tribunal Federal julgou uma ação confirmando a legalidade da lei do piso. Os parâmetros que o MEC utilizou para calcular o reajuste nesses três anos estão na lei aprovada, amparados por um parecer técnico da Advocacia Geral da União. Eu reconheço que há dificuldades para cumprir o piso, em grande parte dos casos por causa da estrutura da carreira, mas a maioria dos Estados já encontrou caminhos para resolver. Acho que os recursos dos royalties do pré-sal podem ser uma boa saída para nos ajudar nesse sentido.
iG: O senhor acredita que com a proposta atual do relator do Plano Nacional de Educação no Congresso de investir 8% do PIB em educação essas contas fechariam?
Mercadante: Precisamos votar logo o PNE, agora, para mim, a discussão mais relevante, além da fixação desse patamar, é associarmos o pré-sal à educação. Pelo menos 30% dos royalties. A gente poderia começar com participação maior e diminuir ao longo do tempo, fixar durante um período da história do Brasil, depois podemos cuidar de outros temas.

iG: Existem propostas para federalizar a carreira do professor? O senhor acredita que essa seja uma boa opção para alavancar a valorização desse profissional?

Mercadante:
 O Brasil tem o território do tamanho que tem, porque construiu um pacto federativo continental. Há um comando constitucional de que a educação é feita em regime de cooperação, de complementação. O papel do MEC é de assessoria técnica e financiamento. Os professores dos municípios e dos Estados são concursados, têm direitos adquiridos, têm uma carreira em andamento, o que nós temos é que trabalhar em parceria. Ter um grande pacto e trabalharmos na mesma direção.

iG: O senhor havia falado em criar equipes de professores que visitassem as casas das crianças dentro do programa alfabetização na idade certa. Isso se mantém?

Mercadante: Nossa expectativa – mas essa definição será feita em cada município – é de que os bolsistas do Pibid, que chegarão a 45 mil este ano, possam fazer visitas domésticas, como se fosse um médico da família. Em vez de Saúde da Família, teríamos um Educação na Família. Visitar, conhecer o ambiente ajudariam esses universitários a saberem das dificuldades dos alunos quando entrarem na profissão. E poderia reforçar o acompanhamento pedagógico das crianças. Essa experiência foi muito exitosa onde já foi feita, como no Uruguai.

Mudanças na redação: Inep estuda ter 5 corretores em redações do Enem discrepantes

iG: O senhor já definiu mudanças para o Enem? Há uma meta de ampliação do banco de itens para este ano? E o que vai mudar na redação?

Mercadante: Na semana passada, 24 universidades estiveram trabalhando online, inclusive no final de semana, para reforçar o banco de itens e foi um sucesso espetacular. Reforçamos muito o banco. Vai dar muito mais segurança ao processo. Nossa meta é chegar ao padrão americano, com 100 mil itens. Eles demoraram 85 anos, nós temos de chegar antes, mas o número de itens é uma informação reservada do Inep para a segurança do sistema. Nós vamos mudar a correção da redação. Não temos ainda uma posição fechada. Criamos um comitê de governança do Enem, com participação das universidades e um comitê técnico-científico, com avaliadores convidados e a equipe do Enem. Eles estão discutindo algumas alternativas para dar mais segurança à correção e diminuir a dispersão das notas, além de fortalecer os corretores. A redação sempre tem alguma subjetividade, então estamos aguardando os estudos para poder bater o martelo. Ter

iG: O senhor assumiu o ministério com uma denúncia revelada pelo iG sobre irregularidades no Prouni e determinou mais transparência à divulgação de preços e descontos. O MEC vai fiscalizar o cumprimento da portaria?

Mercadante: Fizemos uma reunião com todas as associações e entidades do setor privado e eles se comprometeram em autorregular o padrão de fixação das normas exigidas pela portaria. Vamos fiscalizar e exigir. É muito importante dar transparência ao pagamento de matrículas, com esses dados disponibilizados para darmos mais segurança aos estudantes. Eles têm direito à informação. Antes de pensar em penalidades, o que nos interessa é assegurar que isso seja implementado.
(Fonte:IG)

Petrobras vai investir R$ 320 milhões em 5 mil bolsas de graduação e doutorado

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Petrobras recebeu autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para investir R$ 320,9 milhões na concessão de 5 mil bolsas de estudo, sendo 2.754 de graduação e 2.246 de doutorado, no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. Das bolsas de doutorado, 1.901 são para a modalidade sanduíche, em que o aluno estuda no exterior por 12 meses e retorna ao país para completar o curso, e 345 para modalidade plena, com duração de até 48 meses.

Os recursos são referentes a 1% da receita bruta que a empresa obtém nos campos de grande produção ou de alta rentabilidade, segundo estipulado na Cláusula de Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, prevista nos contratos de concessão. De 1998 a 2011 a cláusula garantiu geração equivalente a R$ 6,2 bilhões, sendo R$ 3,1 bilhões aplicados em instituições de pesquisa de 21 estados brasileiros, e R$ 569 milhões na formação de mão de obra, por meio do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural.

Edição: Vinicius Doria

Carta de uma professora para a Presidenta Dilma

Por Núcleo de Notícias

Por Angela Maieski – Professora
(amaieski@sinos.net)

Por Angela Maieski – Professora
(amaieski@sinos.net)

Estava eu pensando em escrever uma carta para a Presidenta Dilma, na qual diria que muito me alegra saber que ela está conseguindo espanar um pouco da poeira que se espalha pelo planalto central, quiçá consiga arredar os pesados móveis para limpar todos os cantinhos e arrancar as ervas daninhas do quintal. Pediria que se possível, ela contratasse alguns pedreiros para reconstituir o piso nacional do magistério, que anda “prá” lá de esburacado em alguns Estados e municípios, apesar da lei federal que diz que todos devem poder contar com um piso sem buracos.

Eu e milhares de professores teríamos o maior prazer em auxiliá-la na faxina e até pegar na colher de pedreiro para pavimentar o piso, tanto pela importância da função, quanto pela remuneração, que é superior a de muitos da nossa classe.

Possivelmente tal mensagem se perderia nos meandros do poder e talvez, a exemplo de uma garrafa jogada ao mar, algumas décadas ou séculos passados, alguém a encontraria e tentaria decifrar, talvez com surpresa; as mal traçadas linhas, se perguntando quem seria a desconhecida que em algum momento deixara suas ideias aflorarem naquele e-mail , salvo num hardware agora carcomido pelo tempo, tal qual um manuscrito antigo, porque cartas escritas em papel já são quase obsoletas nesse segundo decênio do século XXI.

Nesse tempo futuro, o êxodo já teria ocorrido e a luta travada seria a de tentar reverter o problema, a escrita utilizada seria a do computador, com seus erros e acertos, coerências e incoerências, afinal, ninguém mais escreveria, simplesmente ditaria e o software se encarregaria de registrar palavra por palavra, sendo que “professor” não seria aceito e se alguém se atrevesse a tentar, receberia um aviso “sem registro – essa palavra não existe”. Não que isso faria muita diferença, já que de acordo com o IBGE (2010) um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional.

Escolas só de samba e futebol. O povo se divertiria e nem lembraria de olhar a sujeira acumulada sob o tapete ou o buraco no piso.

Charge: Site Topeducacao

Alckmin desmoraliza professor

Para algumas pessoas, é melhor colocar um bom vídeo educativo em sala de aula do que um professor ruim. Essa ideia ganha corpo, por exemplo, por conta dos vídeos gratuitos do professor Salman Khan. Agora traduzidos para o português, eles ensinam de maneira simples e eficaz temas complexos (acesse os vídeos aqui). Maluquice? Seria a desmoralização do professor de carne e osso?

Pode-se argumentar que nada mais importante do que um bom professor em sala de aula, instigando a curiosidade. Mas, possivelmente, qualquer um ficaria mais propenso a usar apenas o vídeo do que um professor que sequer consegue ser aprovado numa seleção para dar aulas, reprovado em um teste básico.

É simplesmente desmoralizante para a carreira, como está ocorrendo no governo Alckmin: professores reprovados nos testes são chamados a dar aulas –também é chamado quem nem mesmo fez um teste. O que essa pessoa tem a ensinar se ela própria não aprendeu? Como vai motivar o aluno?

Claro que o governo Alckmin só chegou a este ponto por falta de alternativa. Mas não podemos deixar de apontar o dedo para um partido que está há tanto tempo no poder em São Paulo e foi criado por intelectuais.

No resultado final, quem paga por essa desmoralização são os mais pobres.

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Apesar de adversário do PSDB, o sindicato dos professores está de mãos dadas no que diz respeito à desmoralização do professor. Afinal, uma de suas defesas é contra as medidas que buscam o mérito.

Aliás, o sindicato defende tanto que o aluno seja punido com a repetência, mas nada fala sobre professores reprovados dando aulas.

Piso do magistério sobe, mas nenhum estado cumpre integralmente

A partir do próximo mês, nenhum professor da rede oficial de ensino poderá receber menos que R$ 1.451. O novo piso estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) representa um aumento de 22,22%, se comparado ao valor pago em 2011. O reajuste é calculado com base no crescimento dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Um projeto em discussão na Câmara dos Deputados pretende vincular futuros reajustes às variações da inflação. A obrigação de cumprir o piso foi questionada na Justiça por diversos governadores, mas no final do último ano o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional os valores estabelecidos pelo MEC.
A lei que estabelece o piso nacional do magistério foi aprovada em 2003. Ela determina que nenhum professor pode receber menos do que o valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), até hoje nenhum estado ou município a cumpre integralmente.
Um dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nos casos em que os governos municipais e estaduais não possuírem recursos necessários. Desde 2008, nenhum valor adicional foi repassado. Segundo o MEC, isso não ocorreu porque nenhum prefeito ou governador conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.”

Cuidado infantil deve ser corresponsabilidade do Estado e da família

Por Agência Pulsar

 

É o que aponta o estudo realizado pelo Instituto Patrícia Galvão e pela Ipsos, referência mundial em pesquisas. Para avaliar a importância das creches, foram ouvidas pessoas de 70 municípios de todas as regiões do país.

Nos primeiros meses desse ano, mil entrevistas domiciliares com mulheres e homens apontaram que o cuidado das crianças, enquanto os pais estão no trabalho, é uma responsabilidade que precisa ser dividida entre Estado (42%) e família (47%). Entre os três níveis de governo, a maioria acha que cabe às prefeituras disponibilizar creches.

A pesquisa revela uma visão equilibrada da sociedade sobre a importância desse serviço para a criança e para a mulher. Dos entrevistados, 48% responderam que “a creche é mais importante para a mãe, pois é o lugar em que ela deixa as crianças para poder trabalhar”.

Ao mesmo tempo, 49% afirmaram que a creche é mais importante à criança, não só como assistência, como para a formação. Porém, segundo a Emenda Constitucional nº 59, de 2009, a educação básica é obrigatória e gratuita apenas para crianças acima de 4 anos. Dos entrevistados, 26% acham que elas devem frequentar uma instituição de ensino antes dessa idade.

Para Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão, não existe uma idade ideal estabelecida, ressaltando que o mais importante é garantir creches de qualidade. Para ela, a falta ou a precária qualidade do serviço prejudica, além da criança, “a entrada das mulheres no mercado de trabalho”. A socióloga avalia que essa é uma questão de desenvolvimento humano.

Na pesquisa, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que tiveram a avaliação mais negativa em relação às creches: 33% as consideram ruins ou péssimas. No Sul e no Sudeste, cerca de 57% avaliaram as creches como ótimas ou boas. Sobre o Nordeste, a maioria de 62% ainda atribui menos responsabilidade do Estado sobre o cuidado com as crianças. (pulsar)