MST ocupa agências do Banco do Brasil para cobrar crédito rural

Por Blog do Nikoska

 

Via G1 PR

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Paraná, Santa Catarina e Alagoas iniciaram nesta terça-feira (3) ocupações em agências do Banco do Brasil para cobrar crédito agrícola e recursos para melhoria dos assentamentos e acampamentos. O movimento deve se estender até a quarta-feira (15).

Para este dia, está prevista uma mobilização na superintendência do banco em Curitiba. O escritório do MST no Paraná confirmou que estão previstas mobilizações em 15 cidades nesta semana. Em pelo menos dois municípios – Manoel Ribas, no Norte, e Lapa, na Região Metropolitana – foram registradas ocupações.

Conforme a Polícia Militar das respectivas cidades, perto de 100 militantes ocuparam a frente da agência do Banco do Brasil em Manoel Ribas durante todo o dia de ontem. Outras 15 pessoas ficaram duas horas em frente ao banco na Lapa. Conforme a polícia, os movimentos foram pacíficos.

O escritório nacional do MST confirmou uma mobilização, envolvendo 70 trabalhadores, na agência de Abelardo Luz, em Santa Catarina, e um protesto, com 300 militantes, em frente aos bancos do Brasil e do Nordeste, em Maceió, em Alagoas. Em Abelardo Luz, além da pauta nacional de reivindicações, os integrantes do MST cobraram linhas de crédito especiais aos trabalhadores rurais dos 97 municípios atingidos pela estiagem.

Conforme a assessoria de imprensa do MST, a mobilização visa a renegociação de dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), infra-estrutura nos assentamentos para o escoamento da produção, um programa para a construção de agroindústrias e assistência técnica para as famílias assentadas e a construção de um crédito diferenciado para a agricultura familiar e a reforma agrária. No Paraná, há 24 mil assentados e 6 mil acampados.

A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que dos R$ 26,4 bilhões contratados em crédito rural na safra 2011/2012, R$ 5,5 bilhões, ou seja, 20,8%, foram destinados à agricultura familiar.

Mulheres camponesas ocupam fazenda de eucalipto no sul da Bahia

Por Agencia Pulsar

 

Mulheres camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma área de plantação de eucalipto na região do Extremo Sul da Bahia nesta quinta-feira (1º).

Participaram mil 150 mulheres de vários acampamentos e assentamentos da região. O objetivo é denunciar o descaso social e ambiental praticado pelas empresas monocultoras de eucalipto. A área ocupada se localiza no município baiano de Alcobaça e pertence à empresa paulista Suzano Papel Celulose.

De acordo com informações do MST, esse tipo de monocultivo é responsável pela geração de mais desemprego, pobreza e desigualdade social no meio rural. Com isso, provoca a expulsão das populações do campo e o consequente inchaço dos grandes centros urbanos.

A primeira ocupação de mulheres camponesas na região aconteceu no dia 28 de março de 2011 no município de Eunápolis, na fazenda Nova América, de propriedade da Veracel. Durante o ano passado, foram ocupadas diversas outras áreas da mesma empresa, nas quais as trabalhadoras ainda se encontram. As camponesas estão em processos de negociação com a Veracel para transformar as áreas em assentamentos.

O MST reivindica agilidade nos processos de desapropriação dos latifúndios, das grandes áreas usurpadas para monocultivo de eucalipto em plena Mata Atlântica, e o assentamento das 23 mil famílias sem-terra que continuam acampadas na Bahia. (pulsar)