A Ilha e Os últimos soldados da Guerra Fria – jornalismo de verdade sobre Cuba

Por Alexandre Haubrich no Jornalismo B
“Cospem em nós, e os jornais dizem: chove”. Assim escreveu Eduardo Galeano. Esqueceu de contar que, quando chove, alimentando a plantação, os jornais dizem: cospem. A deseducação é a tarefa cumprida pelos donos da mídia a serviço dos donos do mundo. E os ataques aos bastiões de defesa popular são estratégia básica.
 Sobre Cuba, por exemplo, a velha mídia brasileira mente, distorce e omite. Entrevista Yoani Sánchez, blogueira desmascarada dia após dia. Não entrevista o povo, não fala sobre o criminoso bloqueio econômico perpetrado pelo governo norte-americano, não fala sobre os cinco prisioneiros políticos cubanos trancafiados nos EUA.
Há pouco tempo vem surgindo a internet (cada vez mais popular) como alternativa para furar o outro bloqueio sofrido por Cuba: o bloqueio midiático.  Mas em 1976 não era assim, e Fernando Morais foi um dos próceres dessa grande derrubada de muros que é a chegada de informações reais sobre Cuba. O livro A Ilha é a mais importante obra de um brasileiro sobre o governo revolucionário e o povo cubano, e foi publicado no Brasil quando a repressão da Ditadura Militar ainda estava em alta.

A obra dialoga perfeitamente com o mais recente livro de Fernando Morais, Os últimos soldados da Guerra Fria, onde o escritor toca em um dos temas que parecem proibidos por aqui – sim, ainda há censura no Brasil, mas ela é, sobretudo, a censura do dinheiro: os cinco cubanos que são presos políticos nos EUA.
Os últimos soldados é escrito com a sensibilidade à flor da pele, retratando os personagens como os seres humanos complexos que são, personagens “redondos”, com fraquezas, fortalezas, defeitos e qualidades. E os insere em um contexto de agressão à Cuba partindo sempre de Miami, sob as barbas do governo norte-americano e, não raro, com apoio da CIA.
O livro complementa A Ilha no sentido de que ultrapassa as fronteiras de Cuba sem ignorar a experiência do povo cubano, enquanto a obra de 1976 é um retrato impressionante e cheio de detalhes da vida desse povo. Se A Ilha retrata uma população que, mesmo nas dificuldades, luta por sua revolução e por sua sobrevivência, Os últimos soldados da Guerra Fria mostra o desrespeito norte-americano à soberania dos cubanos e os riscos a que estes se submetem para defender o que conquistaram.
Nos dois livros, Fernando Morais faz um registro histórico da Revolução Cubana em todo o seu significado – as conquistas do povo cubano e a afronta à ordem capitalista encabeçada pelo governo norte-americano. E mostra que o jornalismo pode, sim, ir além do fugaz e pode, sim, ir além das obviedades.

Cuba exige investigação dos crimes da OTAN na Líbia!

Por  PRENSA LATINA

Cuba exigiu hoje uma investigação profunda de todos os crimes cometidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) durante os indiscriminados bombardeios perpetrados contra o povo da Líbia.
“Os alertas que emitiu Cuba a respeito das pretensões de intervenção imperialista na Líbia foram confirmados pelos fatos”, assegurou seu embaixador em Genebra, Rodolfo Reyes.
O diplomata exigiu o fim da impunidade sobre esses crimes ao participar em um diálogo interativo com a Comissão de Investigação Internacional à Líbia, que entregou um relatório à XIX sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Afirmou que a manipulação da Resolução 1973 do Conselho de Segurança permitiu à OTAN levar a cabo brutais e injustificáveis bombardeios contra o país africano e a matança indiscriminada de civis inocentes.

Foi imposta a doutrina da mudança de regime, disse Reyes, e denunciou que a mal-intencionada e cínica defesa da chamada Responsabilidade de Proteger está a serviço do apetite hegemônico e agressivo do grande capital.
“Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN não agiram para proteger os direitos humanos. Sua verdadeira motivação foi obter o controle do petróleo e das enormes reservas de água da Líbia e impor sua presença militar no território líbio”, explicou.
Além disso, acrescentou, tiveram como objetivo estabelecer ali uma ponta de lança contra o processo que atravessavam os movimentos de reivindicações populares no norte da África e no Oriente Médio.
A esse banquete econômico e geoestratégico, disse Reyes, se soma o benefício do crescente silêncio perante as ações de Israel contra o povo palestino.
“Ao povo palestino, os Estados Unidos e a OTAN não reconhecem o direito a ser protegido; se negam, de modo cúmplice, a assumir sua responsabilidade de protegê-lo”, assegurou o diplomata cubano.
Reyes expressou a solidariedade de Cuba com o povo líbio e exigiu que se respeite plenamente o exercício de seu direito à independência e a livre determinação, à soberania sobre seus recursos naturais e à integridade de seu território.

CVC Bloqueia viagens a Cuba e especula com mercado de ações

Por Rede Democrática

No Blog do Tarso

 

Depois de comprada pela Carlyle, um chamado Fundo Global americano, em 2009 a agencia de viagens CVC, a maior  do Brasil, suspende todos os pacotes a Cuba.

Hoje pela  manhã, nosso Jornal ligou para o telefone (11) 2191-8410 da CVC e a atendente informou que não opera mais com Cuba. Perguntamos se era em função do bloqueio americano e ela, gentilmente …, confirmou que deixou de operar com Cuba justamente por conta  do bloqueio americano à Cuba.

Histórico

O fundo ‘private equity’ americano Carlyle acertou em dezembro de 2009 a compra da CVC, maior agência de turismo do Brasil. A transação avaliou a CVC em um bilhão de reais. O fundo americano passou a controlar a agência, com cerca de 60% do capital, e seu fundador, Guilherme Paulus, tornou-se acionista minoritário.

Agora, março de 2012, o Carlyle Group LP e Guilherme Paulus, acionistas da CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens SA, querem que a operadora de turismo seja avaliada em mais de R$ 6 bilhões na venda de parte das ações, de acordo com duas pessoas diretamente ligadas ao assunto. Uma avaliação destas, ou seja, uma avaliação de muito mais de 6 vezes em 2 anos, só pode ser mágica ou, o que é comum vindo dos EUA, uma enorme especulação para retirar do pais o que pode usando a bolsa de valores e o custo zero do dinheiro nos EUA.

Vale a pena  declarar boicote a agência CVC de turismo, aliás Carlyle Group LP, e investigar este lançamento de ações na bolsa.

O que é o Carlyle Group?

O Carlyle Group negociou a compra da CVC por cerca de dois anos. Para o fundo americano, há vários motivos para a aquisição. A CVC é a maior operadora de turismo do Brasil em número de fretamentos aéreos – 5.400 voos charters em 2008. Possui 400 lojas e 8.000 agências de viagens credenciadas pelo país, e opera viagens para mais de 80 destinos nacionais e no exterior. Mas à parte do lucrativo negócio, quais os reais motivos da compra feita pelo Carlyle Group?

O Grupo Carlyle é a maior corporação de investimentos de capital do mundo, com amplas ramificações políticas que afetam nosso cotidiano. É uma das maiores contratantes mundiais da indústria de militar de defesa e telecom, dentre outras. O Carlyle Group foi iniciado em 1987 por Steven Morris, um membro da familia que controla a Marriot Corporation – gigante da indústria de hoteis. Seu conselho de administração é composto por políticos, ex-políticos bem como servidores públicos de governos do mundo inteiro. Frank Carlucci, Secretário de Defesa durante o governo Reagan foi ex-presidente do Conselho, assim como o ex-Diretor da CIA e ex-Presidente George H. W. Bush, que atualmente ocupa o cargo de Conselheiro Sênior. Outro ex-presidente do grupo, Louis V. Gerstner, Jr. é um conhecido membro do clube Bilderberg.

Investigação descobre fraude da blogueira cubana Yoani Sánchez

Por Solidários

Jorge Lourenço, Jornal do Brasil

Velha opositora do governo cubano, a blogueira Yoani Sánchez teve um dos seus truques revelados pelo jornalista francês Salim Lamrani. De acordo com uma investigação conduzida por ele, o perfil de Yoani Sánchez no Twitter é artificialmente “bombado” por milhares de perfis falsos.

Generación Y

Sob o nome de Generación Y, o mesmo do blog que a deixou famosa, o perfil de Yoani no microblog tem 214 mil seguidores. Considerada pela mídia estrangeira como “influente”, ela é seguida por apenas 32 cubanos. Mas as estranhezas não param por aí.

Super-seguidora

Yoani segue 80 mil pessoas no Twitter, um número completamente descabido. Conforme Salim Lamrani apurou, a blogueira cubana usa sites de troca de seguidores para aumentá-los e parecer mais popular na internet. Em troca de receber novos usuários, ela precisa segui-los. Daí a razão para seguir 80 mil perfis no Twitter.

Super-seguidora II

A fraude da cubana não para por aí. Do total, cerca de 47 mil seguidores do Yoani são falsos. São usuários que não são seguidos por ninguém, não seguem ninguém mais exceto a própria blogueira e sequer têm fotos de perfil.

O medo chama

Vazamentos recentes do Wikileaks indicam que o sucesso de Yoani na internet também tem o dedo do governo norte-americano. Nas correspondências, funcionários do governo americano mostram preocupação com as mensagens pessoais da blogueiras, que poderiam comprometê-la internacionalmente.

Escândalo abafado

A cubana, aliás, protagonizou um dos momentos mais pitorescos da imprensa internacional nos últimos anos. Ela convocou vários jornalistas para uma coletiva de imprensa na qual explicaria um suposto sequestro seguido de espancamento em público. Os agressores seriam integrantes do governo de Fidel Castro.

Só que Yoani apareceu na coletiva sem qualquer traço de agressão no corpo, não soube explicar como as manchas sumiram num intervalo de 24 horas e não apresentou qualquer testemunha.

CRESCE NO MUNDO SOLIDARIEDADE PARA COM OS CINCO HERÓIS.

Por Blog Do Luis Nassif

 

Em 99 países existem cerca 300 Comitês de Solidariedade com os Cinco Heróis cubanos presos injustamente nos Estados Unidos por terem lutado contra o terrorismo.
Grande parte dessas estruturas funciona em 30 nações da Europa e outra em 25 da América Latina e o Caribe.
Há agrupações deste tipo na América do Norte, na Ásia a na África, demonstrando o crescente apoio à causa pela libertação de Gerardo Hernández Nordelo, Ramón Labañino Salazar, Antonio Guerrero Rodríguez, Fernando González Llort e René González Sechwerert.

Leia mais aqui e aqui

QUEM SÃO OS CINCO CUBANOS ENCARCERADOS NOS ESTADOS UNIDOS?

Rompendo Muros.    

Cinco jovens profissionais que decidiram dedicar suas vidas, longe de sua pátria, à luta contra o terrorismo na cidade de Miami, centro principal das agressões contra Cuba.

Antonio Guerrero (Miami, 1958) Engenheiro em Construção de Aeródromos, poeta, dois filhos.

Fernando González (Havana, 1963), casado, graduado do Instituto de Relações Internacionais (ISRI), do Ministério de Relações Exteriores de Cuba.

Gerardo Hernández (Havana, 1965), casado, graduado do ISRI, caricaturista.

Ramón Labañino (Havana, 1963), casado, três filhas, graduado de Licenciatura em Economia na Universidade de Havana

René González (Chicago, 1956), casado, duas filhas, piloto e instrutor de vôo.

A verdade relatada e bem documentada no impecável livro de Fernando Morais.