Quilombo Rio dos Macacos sofre intimidação

Por Agência Informativa Pulsar

 

Mesmo com o adiamento da desapropriação marcada para ontem (4) no Território do Quilombo Rio dos Macacos, a Marinha do Brasil colocou três caminhões de fuzileiros dentro da comunidade.

A marinha estava desautorizada a desapropriar o território devido a uma ação emitida pela Secretaria Geral da Presidência da Republica.

De acordo com relatos postados no blog que apoia a comunidade, cada caminhão continha cerca de 80 homens. Além disso, um trator estava posicionado no portão da Vila Naval.

Após denúncias, diversos movimentos sociais, autoridades e imprensa se dirigiram ao Quilombo. Assustados com a possível repercussão da tragédia que planejavam, os generais ordenaram a retirada dos tratores do local.

Instalados há mais de 200 anos em Simões Filho, a 20 quilômetros da capital baiana de Salvador, a comunidade denuncia que vem sofrendo sucessivos ataques da Marinha, que mantém no local a base militar de Aratu. (pulsar)

Mulheres camponesas ocupam fazenda de eucalipto no sul da Bahia

Por Agencia Pulsar

 

Mulheres camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam uma área de plantação de eucalipto na região do Extremo Sul da Bahia nesta quinta-feira (1º).

Participaram mil 150 mulheres de vários acampamentos e assentamentos da região. O objetivo é denunciar o descaso social e ambiental praticado pelas empresas monocultoras de eucalipto. A área ocupada se localiza no município baiano de Alcobaça e pertence à empresa paulista Suzano Papel Celulose.

De acordo com informações do MST, esse tipo de monocultivo é responsável pela geração de mais desemprego, pobreza e desigualdade social no meio rural. Com isso, provoca a expulsão das populações do campo e o consequente inchaço dos grandes centros urbanos.

A primeira ocupação de mulheres camponesas na região aconteceu no dia 28 de março de 2011 no município de Eunápolis, na fazenda Nova América, de propriedade da Veracel. Durante o ano passado, foram ocupadas diversas outras áreas da mesma empresa, nas quais as trabalhadoras ainda se encontram. As camponesas estão em processos de negociação com a Veracel para transformar as áreas em assentamentos.

O MST reivindica agilidade nos processos de desapropriação dos latifúndios, das grandes áreas usurpadas para monocultivo de eucalipto em plena Mata Atlântica, e o assentamento das 23 mil famílias sem-terra que continuam acampadas na Bahia. (pulsar)