Educação é chave para o Brasil do século XXI

Por Zé Diceu

 

Se levantarmos todas as iniciativas do governo Dilma Rousseff, vamos ver que nossa presidenta está as tomando medidas para superar os dois principais gargalos de nossa economia – educação e inovação – para enfrentar não apenas a conjuntura atual, mas o século XXI.

Dentre as iniciativas mais recentes, está a informação, dada pela própria presidenta, que o governo vai investir R$ 1,4 bi no programa Mais Educação neste ano. O objetivo é estender a educação em tempo integral a 15 mil novas escolas da rede pública, inclusive na zona rural – elas se somarão às cerca de 15 mil escolas que já oferecem atividades integrais para 2,8 milhões de alunos.

Ao lado da banda larga, o piso dos professores e as mudanças introduzidas pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, no ensino fundamental, o Brasil vem enfrentando, passo a passo, os desafios colocados pelo século XXI.

Investimentos e conquistas

O trabalho tem sido árduo e permanente. O Ministério da Educação praticamente quadruplicou seu orçamento em 7 anos, com R$ 80 bi disponíveis à pasta neste ano (leia neste blog a entrevista com o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, na qual faz um balanço detalhado da pasta ao final do ano passado). Ainda que nesta área os resultados tendam a surgir no longo prazo, alguns indicadores já demonstram a reação do setor desde o início dos governos Lula e Dilma. No PISA (sigla em inglês do Programa Internacional de Avaliação de Alunos), o exame internacional de comparação entre países no campo da educação, o Brasil teve média de 368 no ano 2000 e, nove anos depois, subiu para 401. É um feito que mereceu elogios de organismos internacionais como a Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial.

Outro dado que prova a evolução do país na educação é a queda na taxa de analfabetismo: em 2003 era 11,6% e, em 2010, diminuímos para 9,6%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE). E, ainda que o índice possa parecer alto, ele reflete o analfabetismo residual das populações mais velhas. Entre os jovens, as taxas são mínimas.

 

Lei do piso para o professor

 

Vale mencionar, também, mais um fator de importância ímpar para alterar o quadro de subdesenvolvimento em que vivemos: a valorização da carreira do professor da rede pública, com a criação do piso nacional salarial, aprovado pela Lei 11.738/2008. Hoje nenhum professor deverá receber menos de R$ 1.451 por mês por uma jornada de 40 horas.

Na outra ponta, temos um aumento de 110% do número de estudantes de ensino superior entre 2001 e 2010, batendo em 6,37 milhões de alunos. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), por sua vez, colhe outros frutos. Antes da reformulação do exame, todas as universidades federais, juntas, ofereciam 100 mil vagas por meio deste exame. A partir de sua adoção generalizada, hoje, já falamos no acesso de alunos a cerca de 300 mil vagas nas universidades deste país.

 

Foi criado também, em 2005, o Sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB), que hoje tem mais de 600 polos de operação, e o Programa Universidade para Todos (ProUNI), que fechou, em janeiro, mais de um milhão de bolsas a universidades privadas concedidas a alunos em todo o país. Houve também o Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), concedido a juros reais negativos.

Ensino técnico e profissionalizante

 

Aos nossos jovens também está sendo dada a opção de uma educação profissionalizante. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), nesse sentido, foi uma iniciativa fundamental. Lançado no ano passado, o programa visa expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e oferecerá 8 milhões de vagas a brasileiros até o fim de 2015.

 

Este balanço poderia continuar indefinidamente. Mas o que importa dizer aqui é que a educação pública, universal e de qualidade, nos governos Lula e Dilma, vem deixando de ser meta para se tornar, a cada dia, mais palpável.

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