Cuba exige investigação dos crimes da OTAN na Líbia!

Por  PRENSA LATINA

Cuba exigiu hoje uma investigação profunda de todos os crimes cometidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) durante os indiscriminados bombardeios perpetrados contra o povo da Líbia.
“Os alertas que emitiu Cuba a respeito das pretensões de intervenção imperialista na Líbia foram confirmados pelos fatos”, assegurou seu embaixador em Genebra, Rodolfo Reyes.
O diplomata exigiu o fim da impunidade sobre esses crimes ao participar em um diálogo interativo com a Comissão de Investigação Internacional à Líbia, que entregou um relatório à XIX sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Afirmou que a manipulação da Resolução 1973 do Conselho de Segurança permitiu à OTAN levar a cabo brutais e injustificáveis bombardeios contra o país africano e a matança indiscriminada de civis inocentes.

Foi imposta a doutrina da mudança de regime, disse Reyes, e denunciou que a mal-intencionada e cínica defesa da chamada Responsabilidade de Proteger está a serviço do apetite hegemônico e agressivo do grande capital.
“Os Estados Unidos e seus aliados da OTAN não agiram para proteger os direitos humanos. Sua verdadeira motivação foi obter o controle do petróleo e das enormes reservas de água da Líbia e impor sua presença militar no território líbio”, explicou.
Além disso, acrescentou, tiveram como objetivo estabelecer ali uma ponta de lança contra o processo que atravessavam os movimentos de reivindicações populares no norte da África e no Oriente Médio.
A esse banquete econômico e geoestratégico, disse Reyes, se soma o benefício do crescente silêncio perante as ações de Israel contra o povo palestino.
“Ao povo palestino, os Estados Unidos e a OTAN não reconhecem o direito a ser protegido; se negam, de modo cúmplice, a assumir sua responsabilidade de protegê-lo”, assegurou o diplomata cubano.
Reyes expressou a solidariedade de Cuba com o povo líbio e exigiu que se respeite plenamente o exercício de seu direito à independência e a livre determinação, à soberania sobre seus recursos naturais e à integridade de seu território.